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quarta-feira, 22 de maio de 2013

Conheça os prós e contras da Dieta Paleolítica para emagrecer - Jejum prolongado, carne à vontade e zero carboidrato são alguns dos pilares da dieta



Há mais de 15 mil anos nossos ancestrais viviam em cavernas, não tinham cozinhas nem supermercados e obtinham sua comida principalmente da caça e coleta, ou seja, a alimentação era muito diferente da que temos hoje, com massas, produtos industrializados e uma infinidade de opções. Mas qual seria sua reação se alguém lhe dissesse que o melhor para sua saúde é voltar àquele estilo de vida do período Paleolítico? Na verdade, isso foi feito pelo biólogo e ex-atleta norte-americano Mark Sisson. Ele prega um estilo de vida da Idade da Pedra, que inclui não só mudanças na dieta, como também no dia a dia, insistindo para as pessoas trabalharem em pé, se movimentarem mais e até mesmo andarem descalças por aí. Mas o que caiu mesmo na boca do povo foi a alimentação, e a chamada dieta paleolítica está sendo adotada por muitas pessoas com promessas de emagrecimento e também de um estilo de vida mais saudável e considerado naturalista. E o atrativo principal está justamente em seu lado mais inusitado, ao pregar jejum prolongado, o consumo de carne à vontade e a restrição de carboidratos no maior estilo homem das cavernas. Desvendamos, com ajuda de especialistas, os pilares desse cardápio e quais os prós e contras de cada um deles. Confira:

Carne à vontade - Foto: Getty Images

Carne à vontade
A carne proveniente de todos os tipos de animais era a base da alimentação no período Paleolítico, e de acordo com Sisson ela deve voltar a ter esse mesmo papel. Realmente, o consumo adequado delas é importante. "Elas são fontes de proteínas, nutrientes de extrema importância na nossa alimentação uma vez que fazem parte da composição muscular e recuperação dos tecidos, além de ser substrato para produção de hormônios, enzimas, anticorpos e outros agentes metabólicos", considera a nutricionista Paula Crook, da PB Consultoria em Nutrição. E é nas carnes que estão concentradas as maiores quantidade de aminoácidos essenciais, aqueles que não produzimos naturalmente em nosso organismo.

Por outro lado, é preciso tomar cuidado com esse "à vontade". Proteínas em excesso podem causar efeitos colaterais, como a retirada do cálcio dos ossos, a acidificação do sangue e uma sobrecarga nos rins. O limite indicado pela OMS é o consumo de no máximo 30% das nossas calorias diárias corresponder à proteína. Uma conta mais fácil de adotar é consumir ao dia dois gramas de proteínas a cada quilo que você pese. Por exemplo, se você pesa 60 quilos, deve consumir 120 gramas desse macronutriente. E vale lembrar que a quantidade de proteína não equivale ao peso total do alimento. Um bife de contrafilé de 100 gramas possui 30 gramas do nutriente, por exemplo.

Além disso, é preciso tomar cuidado com a carne escolhida. "Os peixes são ótimas escolhas, por terem gorduras importantes para o nosso corpo, já as carnes vermelhas tem um índice alto de gordura saturada, dependendo do corte, e estudos relacionam seu consumo com o aumento da incidência de câncer", alerta o nutrólogo Roberto Navarro, membro da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran).

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