Deficiência de ômega-3 contribui para desordens psicológicas em adolescentes
Ao alimentar gerações sucessivas de animais de laboratório com dietas contendo baixos níveis de ácidos graxos ômega-3, o Dr. Bita Moghaddam e colegas da University of Pittsburgh criaram um modelo de deficiência que ocorreu com seres humanos durante as últimas décadas, quando animais usados como fonte de carne deixaram de consumir dietas à base de forragem com altos níveis de ômega-3 e passaram a ser alimentados com grãos. Os pesquisadores identificaram aumento significativo de ansiedade e hiperatividade em animais jovens, bem como uma redução na taxa de aprendizado e de resolução de problemas, em comparação com animais alimentados com dietas contendo maiores níveis de ômega-3.
“Nós sempre assumimos que o stress nessa faixa etária seria o principal insulto ambiental que contribui para o desenvolvimento destas condições em indivíduos do grupo de risco, porém este estudo indica que a nutrição é um fator tão marcante quanto o stress”, declarou o Dr. Moghaddam.
“Descobrimos que esta deficiência nutricional compromete a saúde comportamental de adolescentes, não apenas porque sua dieta é deficiente, mas também porque a dieta dos pais também é deficiente destes nutrientes. Isto é um motivo de preocupação especial, porque a adolescência é uma época particularmente vulnerável para o desenvolvimento de desordens psiquiátricas, incluindo esquizofrenia e vício a drogas e álcool”.
“Nosso estudo demonstrou que, enquanto a deficiência de ômega-3 influencia o comportamento tanto de adultos quanto de adolescentes, a natureza desta influência é diferente entre os grupos”, afirmou o Dr. Moghaddam. “Nós observamos mudanças em áreas do cérebro responsáveis pela tomada de decisões e formação de hábitos”. É admirável que uma mudança nutricional relativamente comum possa acarretar em efeitos através de gerações. Isso indica que nossa dieta não nos afeta apenas a curto prazo, porém pode também afetar nossos descendentes”.
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