Consumir altas quantias de frutose
diariamente pode prejudicar o aprendizado e a memória. É o que indica uma
pesquisa publicada recentemente no periódico Journal of Physiology. No estudo,
conduzido por uma equipe da Universidade da Califórnia, ratos que ingeriram
xarope de milho rico em frutose (encontrada em produtos industrializados, como
refrigerantes, condimentos e comidas de bebê) tiveram prejuízo na memória e
queda no número de sinapses cerebrais. Essa queda nas sinapses acabou por
deixar o cérebro mais lento. A boa notícia é que a ingestão de alimentos com
ácidos graxos ômega-3 protege contra os danos causados pelo açúcar.
Quando ingerimos muito açúcar, os
níveis de glicose no sangue disparam. Para conter esse aumento desmedido, o
corpo lança insulina no sangue. Assim, uma hiperglicemia acaba gerando uma
hiperinsulimia. Segundo Michel Raymond, pesquisador do Instituto de Ciências
Evolutivas da Universidade de Montpellier, na França, e autor do livro
Troglodita é você! (Ed. Paz e Terra, 256 páginas), repetidas hiperinsulimias
têm respostas fisiológicas prejudiciais ao organismo. E uma delas afeta
diretamente a maneira como você enxerga. Dados médicos relacionam essas
elevações drásticas e constantes da insulina à desregulação do crescimento dos
eixos óticos oculares (local do olho por onde entra a luz que chega à retina),
uma das causa da miopia. O açúcar também, em quantidade elevada no sangue,
deixa os líquidos dos olhos mais densos, o que desidrata o cristalino e também
pode levar à miopia.
Artigo publicado no periódico The
Journal of the American Medical Association (JAMA), em 2009, aponta ainda que o
consumo excessivo de açúcar está relacionado com a presença de altos índices de
triglicérideos e baixos níveis de HDL. No estudo, os voluntários que ingeriram
as maiores quantidades de açúcar apresentaram os níveis mais elevados de
colesterol. Segundo a Associação Americana do Coração, o consumo excessivo de
açúcar é um fator de risco, sendo apontado, inclusive, como uma das possíveis
causas para a epidemia de obesidade.
Bebidas ricas em frutose, como
refrigerantes e suco de laranja, podem aumentar os riscos de gota em mulheres
na menopausa, em função do aumento nos níveis de ácido úrico. A gota é uma
condição causada pelos depósitos de cristais de urato de sódio, que se acumulam
nas articulações. Isso acontece quando há níves altos de ácido úrico no sangue.
Segundo pesquisa da Universidade de Boston publicada no periódico The Journal
of the American Medical Association (JAMA), em 2010, o consumo de uma dose de
refrigerante por dia aumentou em 74% as chances da doença em mulheres já
predipostas ao problema.
Pesquisadores do Instituto de
Bem-Estar da Clínica Cleveland e da Universidade de Harvard descobriram que o
consumo elevado de refrigerantes açucarados está associado com riscos mais
elevados de derrame. O açúcar presente nas bebidas pode levar ao aumento dos
índices de glicose e insulina no sangue, o que, com o tempo, pode levar à
intolerância à glicose, resistência à insulina e inflamações. Essas mudanças
fisiológicas influenciam na arteriosclerose, na estabilidade das plaquetas no
sangue e na trombose – três importantes fatores de risco para o derrame
isquêmico (derrame causado pela interrupção do fornecimento de sangue ao
cérebro). O estudo foi publicado no periódico American Journal of Clinical
Nutrition.
Segundo estudo feito pela Faculdade
de Medicina Albert Einstein, da Universidade Yeshiva, nos Estados Unidos,
índices elevados de açúcar no sangue estão associados ao aumento nos riscos de
câncer colorretal em mulheres. Na pesquisa, publicada no British Journal of
Cancer, aquelas mulheres que tinham os níveis mais elevados de açúcar no sangue
apresentaram duas vezes mais chances de desenvolver o câncer.
Além do stress e dos hormônios, o açúcar também pode ser considerado um dos vilões para o aparecimento de acnes. Segundo pesquisas, ao elevar o índice glicêmico do corpo, a ingestão em excesso de açúcar afeta a produção da insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). O desequilíbrio acaba promovendo uma produção em demasia de androgênios, e, por consequência, o aparecimento da acne. Estudo publicado no periódico Nutrients, por pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, aponta que uma dieta com baixo índice glicêmico (pouco açúcar) ajuda a melhorar o aspecto da acne por mais tempo.
Além do stress e dos hormônios, o açúcar também pode ser considerado um dos vilões para o aparecimento de acnes. Segundo pesquisas, ao elevar o índice glicêmico do corpo, a ingestão em excesso de açúcar afeta a produção da insulina e do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1). O desequilíbrio acaba promovendo uma produção em demasia de androgênios, e, por consequência, o aparecimento da acne. Estudo publicado no periódico Nutrients, por pesquisadores da Universidade de Sidney, na Austrália, aponta que uma dieta com baixo índice glicêmico (pouco açúcar) ajuda a melhorar o aspecto da acne por mais tempo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário