Como sabemos, cada vez mais vem
aumentando a busca pelo corpo ideal, que na concepção da grande maioria, se
caracteriza pelo baixo % de gordura e elevada massa muscular. Em resumo: a
busca é por um CORPO ATLÉTICO (tanto por atletas e por NÃO ATLETAS), e como
sabemos, isto não é possível da noite para o dia, mas sim com anos e anos de
hábitos de vida voltados para este fim. Sendo assim, a busca e a pressa por
resultados rápidos vem gerando cada vez mais a procura indiscriminada por
esteroides anabolizantes. Mas infelizmente, muitos leigos se automedicam, sem
pensar nos males que podem sofrer no futuro. Outro exemplo ainda mais grave é
de médicos prescrevendo anabolizantes SEM SOLICITAREM EXAMES, conforme mostra o
texto abaixo:
“MÉDICOS QUE PRESCREVEM ANABOLIZANTES”
Neste final de semana, a revista Veja
São Paulo publicou uma matéria com uma denúncia que deve ter chocado muita
gente. Os repórteres da revista consultaram quatro médicos em São Paulo,
obviamente sem se identificarem como tal.
Os quatro profissionais prescreveram
esteroides anabolizantes assim que o suposto paciente manifestou o interesse de
obter aumento de massa muscular. Além do fato em si, existiram duas outras
agravantes: as doses prescritas eram extremamente altas e nenhum exame prévio
foi sequer solicitado. Os mesmos profissionais, quando entrevistados
abertamente pelo repórter da revista, se pronunciavam contra o uso das referidas
terapias anabolizantes.
Com certeza, trata-se de uma denúncia
muito grave, porém nada que cause espanto para quem conhece o problema. Já é
fato conhecido dos profissionais da área a existência de médicos que prescrevem
anabolizantes. Diga-se também que ninguém é inocente nesta história. Quem
procura, já sabe o que quer encontrar.
A respeito do fato em si, existem
algumas considerações que devem ser feitas. Em primeiro lugar, a prescrição do
anabolizante pelo médico não constitui nenhuma contravenção do ponto de vista
criminal. O médico pode prescrever o anabolizante. O que se caracteriza é uma
contravenção do ponto de vista ético, pois neste caso não existe a
justificativa terapêutica de reposição hormonal, uma vez que o esteróide está
sendo prescrito para fins estéticos.
Cabe ao Conselho Regional de Medicina
analisar os casos e tomar as devidas atitudes, porque não se pode admitir que
um profissional médico que tenha compromisso com um valor maior que é a saúde,
acabe se tornando um promotor de resultados estéticos fruto do efeito de
drogas, com enorme prejuízo para a integridade física de seus pacientes.
O que os usuários não podem esquecer
é que em primeiro lugar não existe dose absolutamente segura de anabolizante,
pois de qualquer maneira, a proposta é sempre aumentar o nível do hormônio no
corpo, acima do valor normal.
Outro aspecto é que, quem usa se
quiser manter o resultado obtido, vai sempre ficar dependente do anabolizante,
caso contrário o efeito regride. O uso prolongado sempre causa problemas que
podem comprometer vários órgãos, principalmente o fígado, além de poder causar
uma enorme lista de alterações funcionais e doenças graves.
De todos estes problemas, o mais
traiçoeiro é o comprometimento da saúde das artérias, podendo causar problemas
vasculares como AVC e infarto do miocárdio em indivíduos jovens.
Para causar impacto, vale lembrar o
que uma vez disse um amigo meu: O usuário do anabolizante tem tudo para se
tornar um defunto musculoso!
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