14 de novembro - Dia do combate à diabetes: saiba os sintomas e
tratamentos
Diabéticos
devem seguir uma dieta regrada
Este dia 14 de novembro é marcado por ser o dia nacional
do combate à diabetes, uma doença muitas vezes silenciosa e que já atingiu
aproximadamente 10 milhões de brasileiros, de acordo com os últimos estudos. A
apresentação de casos novos continua crescendo de maneira alarmante.
A diabetes é a incapacidade do pâncreas em produzir a
quantidade de insulina necessária e, consequentemente, causa um aumento anormal
do açúcar ou da glicose no sangue. O especialista João Cesar Castro Soares,
endocrinologista do Spa Fazenda Igaratá, explica que doença pode causar algumas
complicações como amputação de membros, cegueira definitiva e longo prazo para
tratamento de dialise. "Entretanto, nunca é tarde demais para descobrir e
tratar a doença", diz. Existem alguns métodos preventivos para a doença:
"hábitos de vida, controle do peso, dieta alimentar balanceada, atividade
física regular e ter controle periódico médico para controlar os níveis
glicêmicos", conta.
Alguns acontecimentos podem ser sinais da doença: vontade
de urinar diversas vezes, cansaço inexplicável, muita sede, aumento do apetite,
perda de peso, visão embaçada, câimbras, formigamento dos pés e infecções na
pele.
Conheça os tipos de diabetes e como cuidar da doença.
Tipos de diabetes
Tipo 1: mais frequente em crianças e adolescentes que desenvolvem anticorpos
contra o próprio pâncreas.
Tratamento: insulina injetável
Tratamento: insulina injetável
Tipo 2: mais frequente em obesos, idosos e em pessoas com
genética favorável. "Indivíduos com histórico familiar precisa de uma
atenção ainda maior", explica Soares. Essas pessoas tem resistência à
insulina e o metabolismo da acaba necessitando de uma quantidade ainda maior de
insulina.
Tratamento: hipoglicemiantes orais, em comprimidos e injetáveis
Segundo o médico Rodrigo Siqueira, endocrinologista da
Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, a diabetes pode acontecer em
qualquer idade. "Certamente a diabetes de bebês recém-nascidos é mais
complicada pela dificuldade do controle da doença, em virtude da necessidade da
aplicação de doses muito baixas de insulina", explica. Os riscos aumentam
em pessoas obesas e sedentárias.
Diferente do que muitos dizem, a diabetes não pode levar
ao câncer, mas pode agravar quem já tem. "Estudos epidemiológicos
mostraram que a coexistência de diabetes e câncer aumenta a mortalidade em
certos tipos de câncer", explica Siqueira. A doença é metabólica crônica,
portanto não tem cura. Por isso, as pessoas que sofrem de diabetes devem seguir
o tratamento adequado.
Dieta especial
Os diabéticos precisam de uma alimentação específica e personalizada. Doces e
açúcar refinados devem ser cortados do cardápio porque aumentam a absorção de
insulina e a glicemia tende a subir causando um quadro de hiperglicemia.
Segundo a nutricionista Paula Fernandes Castilho,
especialista em Nutrição Clínica, todos os alimentos ingeridos devem ser
integrais e diets. "As comidas possuem índices glicêmicos baixo, médio e
moderado. O alto jamais deve ser consumido", explica.
Os alimentos diet têm a restrição de determinado
ingrediente, já o light tem a redução desse ingrediente. "No caso do
diabético, ele deve consumir alimentos com restrição de carboidrato. Olhe
sempre o rótulo, pois nem sempre o diet tem a restrição de carboidrato e sim de
glúten ou alguma outra substância", conta.
A nutricionista Cristina Grandjean, que trabalha com a
dieta dissociada, aponta a gordura como o grande vilão da doença. "Açúcar
e frituras estão proibidos. Saladas de folha, legumes, coisas integrais e
frutas estão liberados".
Cristina também alerta que frutas como mexerica e laranja
não são boas para diabéticos. Já melancia, abacaxi, melão, morango e acerola
são ótimas. Apesar de conhecerem os riscos da doença, alguns diabéticos tentam "quebrar
as regras". "Esse papo de contagem de carboidratos não dá certo.
Diabético come escondido e a insulina que o médico dá para eles é baseada nessa
contagem. Pode ser muito perigoso", alerta a nutricionista.
Segundo Cristina, a dieta tem que ser de 1800 calorias
por dia, divididas em seis pequenas refeições, mas a quantidade de carboidratos
deve ser a metade do que uma pessoa sem diabetes pode ingerir e o carboidrato e
as proteínas devem ser ingeridos em diferentes refeições. "Pode comer pão,
margarina, leite com café, arroz, feijão e doces. Mas tudo integral ou
light".
Cuidado com as frutas
As frutas possuem açúcar natural, chamado frutose e, se ingerido demais, pode
interferir na glicemia. Se o diabético quiser comer uma salada de frutas, o
indicado é misturar no máximo três tipos diferentes e ingerir apenas duas
colheres de sopas. A regra não é diferente para os sucos.
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